Ao longo dos últimos anos, as lideranças das empresas de todos os portes (pequenas, médias e grandes), entenderam que a tecnologia digital pode gerar uma vantagem competitiva, bem como, criar valor para a empresa. O problema central é como incorporar essa tecnologia digital ao modelo de negócios. A COVID-19 fez com que se incorporassem às empresas algumas “atividades digitais”, entretanto, a maioria somente adotou inciativas modestas, oferecendo mais um canal de vendas e/ou de serviços (o “on-line”) ou modernizou a infraestrutura disponível, sem promover uma transformação significativa no modelo de negócios. Houve somente uma “digitalização” de alguns processos e nada mais.
A transformação digital é muito mais ampla. Ela trata de como se fará a integração da tecnologia digital em todas as áreas/setores de uma empresa, mudando, na essência, como ela opera e como entrega valor aos seus clientes. Passa obrigatoriamente pelo tripé: Pessoas – Processos – Tecnologia, promovendo-se assim, uma mudança na cultura das empresas. Como se trata de uma transformação, as empresas que obtiveram êxito, geralmente, fazem essa mudança em etapas.
As consultorias internacionais que apoiam empresas a implementarem essa transformação adotam alguns modelos (Digital Transformation Framework) que tem no seu cerne: a necessidade de lideranças internas com alta competência tecnológica e que consigam promover a mudança de cultura, a criação de um ecossistema (plataforma digital) que consiste em soluções, aplicativos e sistemas internos integrados e o desenvolvimento de produtos e serviços centrado nos clientes. Dentre os modelos mais difundidos temos: IBM (criando novos modelos de negócios onde o digital “encontra” o físico), Gartner (seis etapas principais para criar um negócio digital de sucesso), BCG (desempenho inovador e sustentável) e McKinsey (os seis elementos de uma transformação digital bem-sucedida).
Atualmente, o que se vê é o gap cada vez maior entre as empresas de grande porte que já concluíram o seu processo de transformação digital ou já passaram por várias etapas desse processo e as empresas de pequeno e médio porte que sabem que é primordial para a sua sobrevivência dar início a essa transformação, porém enfrentam desafios cada vez maiores para iniciar esse processo. Um artigo publicado pela McKinsey, “Além das finanças: ajudando pequenas e médias empresas a prosperar” em janeiro de 2022, faz um resumo das políticas públicas governamentais que alguns países estão colocando em prática para apoiar essas empresas e dentre elas destaca-se a transformação digital como grande oportunidade.
A ideia desse artigo bem como dos próximos é mostrar como as pequenas e médias empresas nos setores de: educação, varejo, saúde, meio ambiente entre outros podem se beneficiar do processo de transformação digital desenvolvendo projetos que estejam dentro do seu orçamento, porém que irão alavancar receitas e agregar muito valor aos seus clientes.

Arlindo é cofundador e analista de negócios da Digital Innovation Consulting Group, uma empresa focada em ajudar outras empresas a habilitar o digital como um importante impulsionador de negócios em vários setores da economia. Ele também é o Presidente do Conselho da Metal Line Parts.
Arlindo é apaixonado por educação e tem interesse em educar pessoas para melhorar suas vidas e impactar as empresas em que trabalham. Nos últimos anos, desenvolveu fortes habilidades analíticas para propor soluções de negócios para empresas alinhadas com seus próprios objetivos de negócios, com foco em inovação digital.
Entre 2020 e 2022, Arlindo trabalhou como analista de negócios em uma pequena empresa automotiva, especializada em motores de automóveis. Ele propôs algumas soluções para melhorar a eficiência da empresa. Nesses três anos, com todas as soluções implantadas com sucesso, o faturamento aumentou 250% e a empresa construiu um centro de distribuição para dar suporte a todos os canais de venda. Em meados de 2022, Arlindo foi convidado para ser o Presidente do Conselho da Metal Line.
Entre 2015 e 2020, Arlindo ocupou vários cargos na Ilumno, gerenciando as duas universidades próprias no Rio de Janeiro e em Salvador, e apoiando a operação nos parceiros estratégicos no Brasil, o modelo de negócios da Ilumno na América Latina. Foi promovido a Chief Academic and Student Experience Officer, responsável por integrar as operações acadêmicas de todas as instituições da Ilumno (17 na LATAM), melhorar a qualidade do modelo acadêmico presencial e de EAD, além de criar a Área de Experiência do Aluno, usando uma plataforma digital como modelo.
Entre 2005 e 2018, Arlindo foi Pró-Reitor Acadêmico e depois Reitor/Presidente da Universidade Veiga de Almeida (UVA). Liderou a implementação de uma nova cultura na universidade: modelo familiar vs modelo com gestão profissional e modelo sem fins lucrativos vs modelo com fins lucrativos. Nesse período, houve um aumento significativo na margem EBITDA da instituição – de 4% para 35%, a população estudantil da instituição dobrou e o recredenciamento universitário obteve nota 5 (faixa 1 a 5).
Antes da UVA, Arlindo foi Vice-Reitor de Graduação da UNESA, Analista de Computação Gráfica Sênior do TeCGraf/PUC-Rio e Engenheiro de Projetos na Promon.
Em 2016 Arlindo foi homenageado com o Diploma de Mérito em Engenharia e Agronomia, um dos maiores reconhecimentos de ações de educação em prol da engenharia no estado do Rio de Janeiro, do CREA-RJ.