Nos dois artigos anteriores sobre eficiência, vimos a ciência de dados e a transformação digital atuando diretamente na área de varejo e na área de educação, produzindo resultados positivos e mensuráveis. Nesse terceiro artigo, vamos fazer um outro tipo abordagem relacionado à eficiência na comunicação empresarial e os seus impactos em uma empresa. Em qualquer ramo de atividade, quanto maior o tamanho da empresa, maiores são os desafios. Quando estamos falando de empresas muito grandes e que estão localizadas em vários locais, esse desafio fica ainda maior. Sem dúvida nenhuma, essa multiplicidade de regiões traz benefícios significativos e relevantes para as empresas, mas, por outro lado, manter todos os colaboradores e parceiros alinhados pode se tornar um obstáculo intransponível para o crescimento sustentável. Podemos citar dois exemplos desses obstáculos, a saber:
- Dificuldade em garantir que as mensagens importantes sejam entregues e compreendidas por todos os seus colaboradores precisamente. Muitas vezes, essas mensagens estão relacionadas à criação e/ou ajustes em políticas ou procedimentos da empresa; e
- Muitos locais, para trabalharem de forma eficiente, criam os seus próprios procedimentos, que, muitas vezes, não estão alinhados ao procedimento padrão da empresa.
O livro Technical Writing Essentials – Introduction to Professional Communications in the Technical Fields, escrito por Suzan Last (https://pressbooks.bccampus.ca/technicalwriting/), apresenta a figura abaixo, que ilustra bem como uma comunicação não muito bem elaborada pode impactar significativamente a gestão de um projeto. Para que as empresas possam transpor esse obstáculo, é necessário ter uma comunicação eficiente, e, para isso, existem muitas técnicas que podem ser utilizadas, tais como: adaptação da mensagem de acordo com a região e o local que a empresa estiver atuando; as mensagens e comunicados devem ser claros e precisos; prática da escuta ativa quando as pessoas responderem a uma mensagem com críticas e questionamentos; solicitação de feedbacks; uso de ferramentas tecnológicas mais eficazes, entre outras.
The project management tree swing cartoon, past and present.
O estudo de caso a ser tratado, ocorreu em 2021, quando uma grande empresa, que atua na área de saúde, procurou a Digital Innovation Consulting Group para auxiliá-la no processo de uma comunicação mais eficaz com os seus colaboradores. Essa empresa está localizada em vários estados do Brasil e, como é do conhecimento de todos, o Brasil é um país de dimensões continentais e com uma multiplicidade ímpar de regiões e culturas. Depois de vários meses de entrevistas com os principais gestores do grupo, a proposta apresentada foi a criação de uma solução integrada para potencialização do conhecimento da área de saúde de atuação da empresa. Essa solução seguiu a linha do ciclo (virtuoso) da gestão do conhecimento:
Essa solução tinha como funcionalidades básicas:
- A disponibilização de conteúdo de alto interesse da área de saúde, de forma proativa;
- A facilidade de compartilhamento e agregação de valor ao conteúdo;
- A interação simplificada para desenvolvimento de pesquisa clínica em parceria com as grandes empresas farmacêuticas;
- Criação de eventos e recebimentos de notificações;
- Área específica de repositório de dados;
- Área específica de informações sobre medicamentos e protocolos clínicos;
- A consolidação do acesso ao ambiente de aprendizagem (criado pela própria empresa) e ao conteúdo em uma única solução.
As tecnologias viabilizadoras que deveriam ser utilizadas na criação dessa solução seriam: Criação de robôs (bots/spiders) para busca dos dados relevantes em diferentes fontes; utilização de Inteligência Artificial (bots, detecção de similaridades entre documentos e classificação dos documentos); desenvolvimento de “redes sociais” de compartilhamento do conhecimento; solução em nuvem; utilização de tecnologias modernas de desenvolvimento; e versão aplicativo e web. A parte final do trabalho de consultoria apresentou a arquitetura do sistema, definindo os aplicativos a serem utilizados no ambiente local e nos web crawlers. Todo o sistema seria suportado pelos serviços da Amazon Web Services – AWS.
Arlindo é cofundador e analista de negócios da Digital Innovation Consulting Group, uma empresa focada em ajudar outras empresas a habilitar o digital como um importante impulsionador de negócios em vários setores da economia. Ele também é o Presidente do Conselho da Metal Line Parts.
Arlindo é apaixonado por educação e tem interesse em educar pessoas para melhorar suas vidas e impactar as empresas em que trabalham. Nos últimos anos, desenvolveu fortes habilidades analíticas para propor soluções de negócios para empresas alinhadas com seus próprios objetivos de negócios, com foco em inovação digital.
Entre 2020 e 2022, Arlindo trabalhou como analista de negócios em uma pequena empresa automotiva, especializada em motores de automóveis. Ele propôs algumas soluções para melhorar a eficiência da empresa. Nesses três anos, com todas as soluções implantadas com sucesso, o faturamento aumentou 250% e a empresa construiu um centro de distribuição para dar suporte a todos os canais de venda. Em meados de 2022, Arlindo foi convidado para ser o Presidente do Conselho da Metal Line.
Entre 2015 e 2020, Arlindo ocupou vários cargos na Ilumno, gerenciando as duas universidades próprias no Rio de Janeiro e em Salvador, e apoiando a operação nos parceiros estratégicos no Brasil, o modelo de negócios da Ilumno na América Latina. Foi promovido a Chief Academic and Student Experience Officer, responsável por integrar as operações acadêmicas de todas as instituições da Ilumno (17 na LATAM), melhorar a qualidade do modelo acadêmico presencial e de EAD, além de criar a Área de Experiência do Aluno, usando uma plataforma digital como modelo.
Entre 2005 e 2018, Arlindo foi Pró-Reitor Acadêmico e depois Reitor/Presidente da Universidade Veiga de Almeida (UVA). Liderou a implementação de uma nova cultura na universidade: modelo familiar vs modelo com gestão profissional e modelo sem fins lucrativos vs modelo com fins lucrativos. Nesse período, houve um aumento significativo na margem EBITDA da instituição – de 4% para 35%, a população estudantil da instituição dobrou e o recredenciamento universitário obteve nota 5 (faixa 1 a 5).
Antes da UVA, Arlindo foi Vice-Reitor de Graduação da UNESA, Analista de Computação Gráfica Sênior do TeCGraf/PUC-Rio e Engenheiro de Projetos na Promon.
Em 2016 Arlindo foi homenageado com o Diploma de Mérito em Engenharia e Agronomia, um dos maiores reconhecimentos de ações de educação em prol da engenharia no estado do Rio de Janeiro, do CREA-RJ.
